Palavras para quê?

Para ti já não há palavras.
És extraordinário, tudo o que sempre quis, tudo o que sempre tive e perdi.
Já me é difícil conter nas lágrimas, elas correm-me pela cara sem se controlarem. O meu corpo treme só de pensar no teu nome.
Tudo o que sinto é um enorme vazio, algo importante falta, sinto que te perco mais um bocadinho a cada dia que passa, que estou a ser altamente trocada.
Esperava um dia haver mais uma nuvem especial, que unisse os nossos lábios, num toque suave que se tornasse agressivo, violento, muito intenso.
Hoje já não há esperanças, o sentimento predomina cá dentro, deitando-me abaixo todos os dias, mas esperanças, não há.
Continuo a tentar seguir em frente, mas sinto que a vida me prendeu e não há como me escapar. É assim e tudo continuará assim até que alguém me tire deste fogo.
Estava tão convicta mas acabei por me enganar, nada disto era para "sempre".
Onde é que eu meto agora a dor que sinto? Isto devia ser mais fácil.
Eu amo-te e nunca soube pôr fim ao que houve.
Se tudo fosse como nos contos de fadas, se o "e viveram felizes para sempre" fosse real... Sendo apenas contos para crianças, duvido que a Branca de Neve e o príncipe ainda estejam juntos.
Não sei porquê, mas escrever faz-me melhorar o estado espírito.
Mas também... Estas meras palavras não alteram nada! São apenas forma de passar tempo, e como eu tenho sono, adeus.

09 de Dezembro, 1h18